
Com letras nunca escritas
Debruçado em palafitas
Pálidas vidas palitoladas.
Estrelas virgens mergulhando
No oceano mais profundo
Desfalcando o colar do mundo
Submerso numa xícara de chá.
Poeira cósmica molecular
Traiçoeira como o engano
Ponte abismal, juízo humano
Galopes troianos na beira do mar.
Catedrais catatúmbicas, causcitânicas
Gogorjeiam o leite das matanças.
Sobre a curva do tempo e das lembranças
Frio espinhal de vértebras oculares.
Majestosas batalhas seculares
Entranhadas no ventre da esperança.
Cordilheiras de heróis e de crianças
Devoradas pelo monstro inquisitório.
Abutre que ao mundo impôs velório
Capitalísticos dentes de fome satânica
Trazendo aos olhos o gelo das cerâmicas
Que vestem os túmulos, fúnebres dormitórios.
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