
Das pernas as gavetas esvoaçastes
Como as crinas de fogo das girafas
Vão manuseando a dor dos gigantes
Na aerografia mística das garrafas.
Do tronco os gametas supersônicos
Vão se esvaindo no gelo dos ventos
E o olho híbrido dos pensamentos
Vai imaginando os novos abrigos
Onde almas vestidas de hidrogênio
Embalam em fogo os braços do gênio
E sua face de névoa e desvario.
E os átomos no sangue se embebedam
E os sombrios nervos se agregam
A errônea edificação do vazio.
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