domingo, 1 de novembro de 2009

ANTILÓGICA

As nuvens do teto estão girando
São crianças brotando das paredes
Como flores em cores reluzentes
No espelho da sala vão entrando.

Suas mãos entreabertas rasgam o vidro...
E seus olhos farejam outro mundo
Um portal transparente rompe o luto,
De escuro... Um silêncio poluído.

Sobre a voz vaga um timbre laminado...
E dos olhos os glóbulos de força
São cavalos de vento sobre a louça
Vibratando nas tábuas do assoalho.

Pelo eco dos móveis sorridentes
Ferve o cheiro das cores invisíveis,
As retinas das bocas previsíveis
São visões entre salas confluentes.

E as nuvens do teto são crianças
Pelo ventre do espelho retornando
Como flores de luzes rebocando
O tecido cobalto das infâncias.

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Parabéns pessoal, todo sucesso possível para vocês, fico feliz pela publicação deste livro ''triclopes'' que não poderia ser outro nome..é a cara de vocês..rs rs..como fala a historia, há uma terceira raça dos ciclopes, ''construtores'' que afinal é o que Vossos Senhores são ''Construtores de Belas e Boas Poesias''
    Mais uma vez Sucesso!
    DEUS abençoe.
    Grande abraço.

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